As pessoas acordam todo dia no mesmo horário, fazem as mesmas coisas, trabalham do mesmo jeito, muitas vezes presas dentro de caixas de ferro e concreto com poucas janelas, ou dentro de carros presos em trânsitos intermináveis de poluição, irritação, barulho.
As pessoas “fogem” em seus celulares o dia inteiro, mas quase ninguém hoje tem coragem de conversar com outras olhando olho-a-olho.
As pessoas acham que Matrix é só um filme de ficção/aventura babaca e sem nexo.
As pessoas trabalham 8 a 12 horas por dia, para receber um salário e pagar seus impostos e suas contas. Todo mês da mesma forma.
As pessoas sobrevivem. Comem de qualquer jeito, gostam de qualquer coisa, desgostam de qualquer coisa, dormem do jeito que dá, sentem prazer de forma destrutiva, têm seus filhos, largam seus filhos com outros para poderem trabalhar e sustentar e sobreviver e quando estão com eles, estão tão cansados que não prestam atenção.
As pessoas acham que Matrix é só um filme de ficção/aventura babaca e sem nexo.
As pessoas têm suas religiões e tudo aquilo que não encaixa, tem que morrer. Não merece ser salvo. Salvo de que?
As pessoas acham que Matrix é só um filme de ficção/aventura babaca e sem nexo.
As pessoas ficam doentes por estarem exaustas de fazer todo dia a mesma coisa, viver todo dia do mesmo jeito, comer todo dia o mesmo veneno, assistir todo dia os mesmos programas, conviver todo dia as mesmas outras pessoas também doentes (mas, aos outros nós apontamos à doença, nós somos perfeitos), dormir toda noite a mesma quantidade de horas e acordar no dia seguinte para repetir tudo novamente...
As pessoas acham que Matrix é só um filme de ficção/aventura babaca e sem nexo.
O bicho-homem é uma criatura engraçada não? E como se super
valoriza!!!
Se a mulher está de mau humor, irritada ou num dia ruim, é
falta de rola. Se alguém diz algo que não devia, logo mandam o sujeito procurar
uma rola. E. nos últimos dias, é um tal de vai procurar uma rola pra cá, vai
pegar uma rola pra lá.
Como se a rola fosse o analgésico para curar as dores do
mundo. Como se rola fosse o chocolate para liberar toda serotonina que te enche
de prazer, como se rola fosse o máster supreme órgão do universo!
Todos reverenciamos a rola. Seja ela rola, pica, caralho,
pau, pinto, benga e sei lá o número de nomes que pode levar.
Por serem detentores das máster supreme rolas da galáxia, os
homens se acham numa superioridade que dá dó... e dá medo...
Por terem uma rola dependurada entre suas pernas, acham no
direito de humilhar, assediar, violar, violentar, espancar, esfaquear,
subjugar, torturar, ter repentes de violência causada pela testosterona do saco
da rola...
Ah, mas a rola também os torna inseguros. Ficam comparando o tamanho, a potência, quantas vezes ela consegue trabalhar e quem ela consegue “comer”. A insegurança gera a frustração, que gera mais uma onda de tudo aquilo ali que eu escrevi anteriormente...
Ah, mas a rola também os torna inseguros. Ficam comparando o tamanho, a potência, quantas vezes ela consegue trabalhar e quem ela consegue “comer”. A insegurança gera a frustração, que gera mais uma onda de tudo aquilo ali que eu escrevi anteriormente...
Quando será que o bicho-homem vai entender que rola é só
mais um órgão do corpo, que, bem de longe de ser o máster supreme órgão, está
ali apenas para excretar. Seja excretar dejetos, seja excretar sementes.
Ai tem o senhor jornalista que se achou na divina máxima de mandar o senhor deputado-pastor procurar uma rola e deixá-lo em paz... e ai, a homarada vai ao delírio! Quanta classe... A mulherada, já tão acostumada a ser mandada procurar uma rola, ou a tê-la imposta mesmo quando não a quer, ri, daquele jeito sem gracinha de quem sempre sofre esse tipo de abuso, mas é normal, todo mundo passa por isso, afinal, mulher não tem a master supreme rola, então, tem que procurar mesmo não é... dá até aquele gostinho de vitoria, quando vemos um homem ser mandado à rola, não dá?!?!
Não... não dá...
Respeito é bom, todo mundo gosta, todo mundo quer.
Ai tem o senhor jornalista que se achou na divina máxima de mandar o senhor deputado-pastor procurar uma rola e deixá-lo em paz... e ai, a homarada vai ao delírio! Quanta classe... A mulherada, já tão acostumada a ser mandada procurar uma rola, ou a tê-la imposta mesmo quando não a quer, ri, daquele jeito sem gracinha de quem sempre sofre esse tipo de abuso, mas é normal, todo mundo passa por isso, afinal, mulher não tem a master supreme rola, então, tem que procurar mesmo não é... dá até aquele gostinho de vitoria, quando vemos um homem ser mandado à rola, não dá?!?!
Não... não dá...
Respeito é bom, todo mundo gosta, todo mundo quer.
Talvez o dia que o bicho-homem começar a valorizar o cérebro
e o coração possa aprender a valorizar a vida e parar de dizer “vá procurar uma
rola” e começar a dizer “vá procurar um livro”.
Ah se o bicho-homem soubesse que o órgão que mais importa é
o coração, e é o que nos excita verdadeiramente...
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